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A volta do horário de verão ainda dividi opiniões
O possível retorno do horário de verão veio ganhando destaque, nas últimas semanas. Criado no governo Getúlio Vargas, em 1931, para estimular a economia de energia, o horário de verão foi cancelado pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.
Na última quinta-feira (30), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que não há possibilidades de uma eventual volta do horário de verão. “O horário de verão não se faz necessário no que diz respeito a economia de energia. Então, nesse tocante, o horário de verão não se aplica a essa situação. O horário de verão não foi renovado em 2019 e permanece da forma como está.”
Diante da fala do ministro Bento, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) acredita que não seja uma posição definitiva.
De acordo com o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o país foi muito impactado com a pandemia. Além disso, o fato de estarmos atravessando uma crise hídrica é um empecilho. “A discussão da economia de energia é fundamental no momento de crise hídrica que estamos atravessando, mas ela não é o único ponto a ser considerado na retomada do horário de verão”, ressalta.
Paulo Solmucci ainda destaca que uma hora a mais é um fator preponderante para uma alta no consumo em bares e restaurantes, incentivando a economia.
“Esse setor foi duramente castigado na pandemia e 37% ainda opera no prejuízo, número que chega a 50% em São Paulo. O aumento de faturamento que vem com a mudança de comportamento provocada pelo horário de verão faz muita diferença para quem empreende e trabalha nos bares e restaurantes. Na ponta do lápis é mais dinheiro circulando, menos dívidas, mais empregos sendo gerados”, afirma.
Foto: Pixabay
GIRO DE NOTÍCIAS / AM