Na última semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirmou a comercialização de uma versão biotecnológica de algodão cujas sementes vão poder ser consumidas.
A Universidade do Texas demorou mais de duas décadas para desenvolver este tipo de algodão. Porém, ainda é necessária a aprovação da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA.
No entanto, a aprovação é esperada para daqui alguns meses. Logo após a confirmação, os produtores vão poder cultivar o algodão tanto para fibras quanto para alimentos.
O professor da Universidade, Keerti Rathore, iniciou o projeto há 23 anos e descobriu como silenciar um gene da planta que produz uma toxina chamada gossipol. A toxina protege a planta dos insetos, porém o gossipol faz com que as sementes não sejam comestíveis para os seres humanos e para a maioria dos animais.
Além disso, o vice-presidente da Cotton, Kater Hake, realizador das pesquisas e marketing para os produtores, além de financiador do projeto, afirmou que vão ser necessários muitos anos para que os produtores possam comercializar, já que as sementes precisam ser incrementadas a partir da próxima safra.
Hake ainda informa que há muita proteína nas sementes de algodão, sendo o suficiente para atender as necessidades diárias de 600 milhões de pessoas se todo o algodão do mundo fosse substituído por variedades comestíveis.
A proteína também pode ser extraída e transformada em uma farinha que pode ser usada em barras energéticas ou farinhas, além de outras funções.
Vale ressaltar que a semente tem um valor nutricional semelhante ao das amêndoas e das nozes, de acordo com pesquisas realizadas por tecnólogos de alimentos.
A/M